Pena das almas - III (conclusão)


Novena en sufragio de las benditas animas del purgatorio

Pais que se opõem à vocação dos filhos
Quanto Deus castiga severamente àqueles que se opõem à vocação de filhos, é o que eu desejaria mostrar, citando o seguinte caso: Em fevereiro de 1709, vi uma alma inteiramente mergulhada no fogo. Durante a sua vida, esta pessoa tinha uma fábrica de cerveja. E tinha uma filha, que colocou num convento para ali ser educada, afim de que não fosse corrompida em casa, pelos clientes. A criança aplicou-se e habituou-se de tal forma ao convento, que se decidiu a permanecer nele permanentemente. Quando a mãe se deu conta desta inclinação, voltou a trazer a menina para casa, sob o pretexto de prová-la, mas a verdade é que foi para lhe meter na cabeça outras idéias. Três semanas depois, a mãe caiu doente e morreu, passados poucos dias. Hoje, dia 12 de fevereiro, foi-me dado vê-la neste estado indescritível mergulhada em fogo. E ela não me pediu nada mais que não fosse o rezar pela as filha, para que ela persistisse no bom propósito que tinha e que pudesse realizar a sua intenção, porque só assim ela mesma veria diminuída a sua pena e seria liberta do Purgatório. Em 1704, veio ter comigo uma alma que tinha deixado este mundo, 15 anos antes, e que todos tínhamos por muito piedosa. Ela disse-me: “Não se chega assim tão facilmente ao Céu”.
Deus não faz acepção de pessoas
“No dia 24 de fevereiro de 1704 senti-me interiormente incitada a oferecer as minhas orações pela alma da avó da princesa-eleitora. No dia 26 de fevereiro, fui convida a rezar pelo príncipe-eleitor Ferdinand-Maria, falecido no dia 26 de maio de 1679. Na mesma noite, tive a visita, não apenas da princesa-eleitora, mas também da princesa-eleitora Adelaide, falecida no dia 18 de março de 1676 e de sua filha Maria Ana Cristina, falecida em 20 de abril de 1690, como esposa do Rei da França, Luiz XV. Suportei nesse dia, duros sofrimentos.
No dia 22 de fevereiro, no momento da comunhão, senti a esperança de que ela seria em breve liberta e via-a também sofrer menos. No dia 29 de fevereiro, depois de ter passado três horas a rezar e, sobretudo, a fazer atos de amor por essas pobres almas, vi pouco depois das quatro horas da manhã, as almas do principe-eleitor, de sua esposa e de sua filha, assim como a alma da avó da princesa-eleitora, entrarem todas as quatro gloriosas no céu. Pouco depois outras almas se anunciaram e tive de rezar muito especialmente pelas famílias dos soberanos da Áustria e da Espanha.
No dia 17 de junho de 1696, faleceu Jean III Sobieski, rei da Polônia, na idade de 72 anos. Já há alguns meses antes tive uma revelação a respeito do rei da Polônia: uma alma anunciou-se-me com ruído em minha casa e a verdade é que fiquei muito angustiada, durante a noite. No dia da festa de nossa fundadora, Santa Teresa, no dia 15 de outubro, fui de repente acordada à meia-noite e tive de me colocar apressadamente a rezar.
Rezei, sobretudo pela princesa-eleitora Teresa-cunégonde, filha do rei Jean III, porque era o dia da sua festa. Enquanto rezava, veio-me à idéia de rezar também por todos os defuntos da família do príncipe eleitor, sem pensar particularmente em nenhum. Na oitava da festa de Santa Teresa, vi essa alma que se me havia já manifestado, muitas vezes, como grande senhor, mas que não falava. De dia, via-a também ao meu lado direito. Quando me apercebi bem da sua presença, desapareceu, sem me manifestar qualquer coisa que fosse. No dia 4 de novembro, na oitava dos fiéis defuntos, que era também o primeiro domingo do mês, senti-me, embora ligeiramente, levada a rezar e oferecer a minha comunhão por essas altas personalidades já falecidas.
No dia 6 de novembro, à meia noite, fui de novo acordada precipitadamente e ouvi essas palavras: “Reza pelo Pai da princesa-eleitora”. Assim o fiz. Durante essa oração, esta alma me foi manifestada e reconheci todas as suas faltas e quedas. Depois do que, ofereci tudo a Deus por ela, mas de um modo muito particular o Precioso Sangue de Cristo. De 6 a 11 de novembro, apliquei-me a ganhar o maior número possível de indulgências por essa alma e foi-me dada a esperança de que se libertaria. No dia 11 de novembro, festa de São Martinho foi-me mostrado em visão um delicioso banquete. Foi-me dado a conhecer também que esta alma iria ser em breve admitida ao Banquete Celeste. Durante a Santa Missa, vi com os olhos do meu corpo esta alma, brilhante, de um vivíssimo brilho, a subir ao céu e, no mesmo instante, toda a angústia, por assim dizer, desapareceu.
Concluo dizendo que certamente ninguém imaginará o que me custaram as Almas do Purgatório. Mas, experimentei por mim própria que as almas de pessoas altamente colocadas me atormentaram muito mais que outras de condição mais modesta.

Fonte: Facebook

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