O Purgatório na Bíblia, explicado por Scott Hahn, ex-pastor protestante


Se a palavra “purgatório” nem existe na Bíblia, como podemos saber que ele existe? Scott Hahn explica

Dr. Scott Hahn, mestre e doutor, Ph.D em Teologia Bíblica, é considerado um dos maiores especialistas em Bíblia do mundo, – sendo exatamente esta a razão (seus profundos conhecimentos) que o levou a converter-se num católico fervoroso. [2] Nesse vídeo ele explica como compreendeu o ensinamento da Igreja Católica a respeito do purgatório.
“O purgatório é uma exigência da razão e mesmo da caridade de Deus por nós. A palavra ‘purgatório’ não existe na Bíblia, foi criada pela Igreja, mas a realidade, o “conceito doutrinário” deste estado de purificação existe amplamente na Sagrada Escritura. A Igreja não tem dúvida desta realidade por isso, desde o primeiro século reza pelo sufrágio das almas do purgatório.
O ensinamento sobre o purgatório tem raízes já na crença dos próprios judeus do Antigo Testamento; cerca de 200 anos antes de Cristo, quando ocorreu o episódio de Judas Macabeus. Narra-se aí que alguns soldados judeus foram encontrados mortos num campo de batalha, tendo debaixo de suas roupas alguns objetos consagrados aos ídolos, o que era proibido pela Lei de Moisés. Então Judas Macabeus mandou fazer uma coleta para que fosse oferecido em Jerusalém um sacrifício pelos pecados desses soldados:
“(..) Em seguida, fez uma coleta, enviando a Jerusalém cerca de dez mil dracmas, para que se oferecesse um sacrifício pelos pecados: belo e santo modo de agir, decorrente de sua crença na ressurreição, porque, se ele não julgasse que os mortos ressuscitariam, teria sido vão e supérfluo rezar por eles. Mas, se ele acreditava que uma bela recompensa aguarda os que morrem piedosamente, era esse um bom e religioso pensamento; eis por que ele pediu um sacrifício expiatório para que os mortos fossem livres de suas faltas”. (II Macabeus, 12, 40-45).
Com base nos ensinamentos de São Paulo, a Igreja entendeu também a realidade do purgatório. Em 1 Cor 3, 10, ele fala de pessoas que construíram sobre o fundamento que é Jesus Cristo, utilizando uns, material precioso, resistente ao fogo (ouro, prata, pedras preciosas) e, outros, materiais que não resistem ao fogo (palha, madeira). São todos fiéis a Cristo, mas uns com muito zelo e fervor, e outros com tibieza e relutância. E São Paulo apresenta o juízo de Deus sob a imagem do fogo a provar as obras de cada um. Se a obra resistir, o seu autor “receberá uma recompensa”; mas, se não resistir, o seu autor “sofrerá detrimento”, isto é, uma que não será a condenação; pois o texto diz explicitamente que o trabalhador “se salvará, mas como que através do fogo”, isto é, com sofrimentos.” [1]
Rezemos sempre pelas almas do purgatório!

Fontes do texto:

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