AS TRINTAS MISSAS DE SÃO GREGÓRIO
Num mosteiro de São Gregório, um monge chamado Justo, contrariando o voto de pobreza a que são obrigados os religiosos, se apoderou de três moedas de ouro. Quando estava para morrer, arrependido, confessou a um seu irmão a falta cometida. Realmente, encontraram-se as três moedas entre os guardados do defunto monge.
Chegou o fato ao conhecimento de São Gregório. O santo, que zelava tanto a disciplina e tinha horror à violação do voto de pobreza, proibiu qualquer visita ao enfermo. Este, sentindo-se abandonado, queixou-se. 'É o castigo da tua falta contra a pobreza', disseram-lhe.
Morreu o Irmão Justo pouco depois e São Gregório não permitiu que fosse sepultado entre os seus irmãos. Mandou lançá-lo numa sepultura, fora do convento, e as três moedas de ouro foram enterradas com ele, enquanto a comunidade repetia as palavras de São Pedro a Simão de Samaria: 'Pereça contigo o teu dinheiro!' Isto produziu uma impressão profunda entre os monges, que dali por diante se despojaram de tudo e viveram na mais estrita pobreza.
Trinta dias depois, São Gregório, entretanto, compadecido da alma do pobre monge, mandou celebrar vários dias a Santa Missa por sua alma. Apareceu a alma de Justo no fim de trinta dias e disse: 'Até agora estava muito mal e sofria muito, mas agora estou muito bem, fui admitido na companhia dos santos'. E desapareceu. Daí a origem de se mandar celebrar as Missas chamadas Gregorianas, em trinta dias seguidos; segundo a crença piedosa, elas libertam as almas por quem é oferecida.
(Excertos da obra 'Tenhamos Compaixão das Pobres Almas!' de Monsenhor Ascânio Brandão, 1948)
Fonte: www.sendarium.
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