O Manuscrito do purgatório- Últimos ensinamentos



Últimos ensinamentos
Que a fé prática anime todas as vossas ações. Que vossa confiança e amor vos faça empreender tudo quanto Ele exige de vós. Dizei cada manhã ao levantar: “Meu Jesus, eis-me aqui para cumprir a vossa santa vontade; que quereis que eu faça hoje para vos agradar?”
Fazei todos os exercícios de piedade sob o olhar de Jesus, e com muito amor. Só se pode fazer bem às almas na medida da união com Deus.
Deus procura almas que reparem os ultrajes que Ele recebe, que o amem, e que o façam amar. Ele vos quer neste número.
Jesus, antes de conceder a uma alma uma união íntima com Ele, a purifica pela provação, e quanto maiores desígnios tem sobre esta alma, tanto mais a prova é maior.
Fixai vossa morada habitual no Coração de Jesus. Que o amor seja a cadeia que una vosso coração àquele Coração adorável. Vosso coração tão miserável se purificará, se há de desapegar ao contato com um Coração tão puro!
Ide buscar no Coração de Jesus o que necessitais para vós e para os outros. Ele nada vos há de recusar.
Os sofrimentos do coração são bem mais penosos que os do corpo. Para uma alma que ama a Jesus, a dor maior é magoar a Jesus por suas ingratidões e pecados.
Pedi ao Coração de Jesus força de alma necessária para que Ele cumpra em vós seus desígnios.
Para fixar o espírito na presença de Deus, tomai cada dia uma das catorze estações de Nosso Senhor na Paixão e pensai bastante nela. Jesus gosta que nos lembremos do que Ele sofreu por nós. Nos dias de festa tomai um dos mistérios gloriosos, a Ressurreição, a Ascensão. Pensai também muitas vezes na Eucaristia, e na vida oculta de Jesus no tabernáculo. Lá, sobretudo, é que haveis de ver o seu amor. Ficar sozinho sem adoradores, na maior parte das igrejas do mundo! Esperar em vão que alguém venha lhe dizer: eu vos amo!
Tudo passa, e passa depressa! Não tenhamos tanta preocupação pelas coisas que um dia hão de se acabar! Olhemos sempre o que nunca mais se há de acabar. Por nossas ações santas e unidas a Jesus, embelezemos nosso trono no céu. Façamos o nosso trono mais alto, alguns degraus mais próximo daquele que havemos de contemplar e amar por toda a eternidade. Eis qual deve ser a vossa ocupação na terra.
LEMBRANÇA
 (2 de Novembro de 1890 – Última bênção do mês do Rosário)
Vou procurar fazer com que entendais quanto possível o que é o céu. Festas e sempre novas, que se sucedem sem interrupção, uma felicidade sempre nova e que a gente nunca sentiu. É uma torrente de alegria que transborda sem cessar sobre os eleitos. O céu é principalmente Deus, Deus amado, sentido, provado; é uma saciedade de Deus sem se poder saciar nunca!
Quanto mais a alma amou a Deus na terra, tanto mais atinge o cume da perfeição, tanto mais compreende o céu!
Jesus é a verdadeira alegria da terra e a eterna alegria dos céus!

http://sanctisanimasinpurgatorio.blogspot.com

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