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Mostrando postagens de fevereiro, 2019
Os Sofrimentos das almas no purgatório
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O que os Santos Doutores ensinam acerca dos sofrimentos do purgatório nos penetram de tema com paixão pelas almas. S. Boaventura ensina que nossos maiores sofrimentos ficam muito aquém dos que ali se padecem. São Tomás diz que o menor dos seus sofrimentos ultrapassam os maiores tormentos que possamos suportar. Confirmam Santo Ambrósio e São João Crisóstomo que todos os tormentos que o furor dos perseguidores e dos demônios inventaram contra os mártires, jamais atingirão a intensidade dos que padecem em tal lugar de expiação. O fogo! Estremecemos só de lhe ouvir o nome. E estar-se no fogo inteiramente, num fogo ativo, penetrante, que vai até o início do ser – que cruel suplício. Aquele fogo, diz S. Antônio, é de tal maneira rigoroso que comparado com o que conhecemos na terra, este se afigura como pintado num painel. Após uma visão do purgatório, exclama Santa Catarina de Gênova. “Que coisa Terrível! Confesso que nada posso dizer e nem conceber que se aproxime sequer da
O Purgatório - Parte I
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O Purgatório ocupa um importante lugar em nossa santa religião. Forma uma das principais partes da obra de Jesus Cristo e tem um papel essencial na economia da salvação do homem. Lembramos-nos de que a Santa Igreja de Deus considerada como um todo, está composta de três partes: a Igreja Militante, a Igreja Triunfante e a Igreja Padecente ou Purgatório. Essa tríplice Igreja constitui o corpo místico de Cristo, e as almas do purgatório não são menos seus membros que os fiéis , na terra, e os eleitos, no céu. No evangelho, a Igreja é ordinariamente chamada Reino do Céu. Assim, o purgatório, tanto quanto as igrejas celestiais e terrenas, é uma província deste vasto reino. As três igrejas irmãs tem incessantes relações entre si e uma contínua comunicação, à qual chamamos comunhão dos santos. Essas relações não tem outro objetivo senão o de conduzir as almas para a glória eterna, termo final para o qual todos os eleitos tendem. As três igrejas se assistem mutuamente para povoar o
Purgatório
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Desde os primórdios a Igreja, assistida pelo Espírito Santo (cf. Mt 28,20; Jo 14,15.25; 16,12´13), acredita na purificação das almas após a morte, e chama este estado, não lugar, de Purgatório. Ao nos ensinar sobre esta matéria, diz o nosso Catecismo: “Aqueles que morrem na graça e na amizade de Deus, mas imperfeitamente purificados, estão certos da sua salvação eterna, todavia sofrem uma purificação após a morte, afim de obter a santidade necessária para entrar na alegria do céu” (CIC, §1030). Logo, as almas do Purgatório “estão certas da sua salvação eterna”, e isto lhes dá grande paz e alegria. Falando sobre isso, disse o Papa João Paulo II: “Mesmo que a alma tenha de sujeitar-se, naquela passagem para o Céu, à purificação das últimas escórias, mediante o Purgatório, ela já está cheia de luz, de certeza, de alegria, porque sabe que pertence para sempre ao seu Deus.” (Alocução de 3 de julho de 1991; LR n. 27 de 7/7/91) O Catecismo da Igreja ensina que: “A Igreja c
Tratado do Purgatório de Santa Catarina de Gênova: Parte 8 (final)
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Sofrimento espontâneo e alegre das almas purgantes. Eu vejo que aquelas almas que estão no purgatório, estão em vista de duas operações distintas. A primeira é que padecem voluntariamente aquelas penas, parecendo-lhes ver que Deus teve para com elas grande misericórdia, pois assim é em consideração daquelas outras que mereceram, conhecendo a importância do pecado aos olhos de Deus. Porque se a sua bondade não temperasse a justiça com a misericórdia (satisfazendo-a com o precioso Sangue de Jesus Cristo), um só pecado mereceria mil infernos perpétuos. Por isso essas almas padecem aquela pena tão voluntariamente que não queriam livrar-se dela nem em um momento, sabendo que é justíssimamente merecida, e bem ordenada que está, porque sua vontade se refere, não se queixam de Deus, sentindo-se como se estivesse na vida eterna. A outra operação que eu dizia é aquele contentamento que sentem vendo a perfeita ordenação de Deus que com tanto amor e misericórdia opera com as alma
Tratado do Purgatório de Santa Catarina de Gênova: Parte 7
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As almas purgantes não podem merecer. De como está disposta a sua vontade a respeito das obras que se oferecem neste mundo para seu sufrágio. Se as almas do purgatório pudessem purgar-se por contrição, em um só instante pagariam toda a sua dívida; porque um fogoso ímpeto de contrição as arrebataria por inteiro. E sucederia isto assim, por aquele claro entendimento que têm, então, as almas da importância do que lhes impede e estorva, não deixando-as alcançar seu fim e o amor de Deus. Mas podeis estar certos que do pagamento que têm de dar aquelas almas, nem o mais mínimo se perdoa; porque assim foi estabelecido pela Justiça Divina. E isto, enquanto se refere a Deus; pois, pelo que se refere às almas , estas já não têm afeição própria e não podem ver outra coisa senão o que Deus quer; nem de outro modo podem querer, senão como foi assim estabelecido. E se alguma esmola se faz por elas neste mundo que diminua o tempo de sua pena, elas não podem voltar-se com afeto para olhá-la se n
Tratado do Purgatório de Santa Catarina de Gênova: Parte 6
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Ardente desejo que têm as almas de transformar-se em Deus e sabedoria de Deus ao ocultar-lhe suas imperfeições A alma foi criada com todas aquelas condições de bondade que lhe capacitam para alcançar a perfeição, vivendo é claro, como Deus teria ordenado, sem contaminar-se de mancha de pecado algum. Mas, ao contaminar-se pelo pecado original, perdeu a alma seus dons e suas graças, e ficando morta, não pode, então, ressuscitar senão com a vontade de Deus. E quando foi ressuscitada pelo Batismo, fica, porém, aquela má inclinação primeira que a empurra e conduz (se ela não lhe faz resistência) ao pecado atual, pelo qual se morre de novo. Deus, porém, volta, todavia, a ressuscitá-la por meio de outra graça especial, porque a alma ficou tão entorpecida que para para voltá-la de novo a seu primeiro estado, tal como foi criada por Deus, sem as quais nunca poderia retornar. Quando a alma se encontra em caminho de volta a aquele seu primeiro estado, tanto é o ardor que sente por dever-se
Tratado do Purgatório de Santa Catarina de Gênova: Parte 5
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O amor de Deus que atrai a si as almas santas e o impedimento que essas encontram no pecado, gera a pena do purgatório. Considero que há tão grande conformidade entre Deus e a alma, que quando a alma vê Deus naquela pureza em que a criara, a atrai de certo modo a si com tão ardente amor que bastaria para aniquilá-la se não fosse imortal. E faz a alma estar transformada tanto em seu Deus, que já não vê ser outra coisa senão Deus; o qual continuamente a vai atraindo e incendiando, não abandonando-a jamais, até havê-la conduzido a aquele ser seu de onde saiu; isto é aquela pura nitidez em que foi criada. Quando a alma, vendo-se a si mesma interiormente, se sente assim atraída com tão amoroso fogo para Deus, então por aquele calor mesmo do amor ardente a seu doce Senhor e Deus, que percebe em seu entendimento, toda ela se sente como se liquidar e fundir. E vendo depois a luz divina; e vendo nela como Deus não cessa nunca de atraí-la e conduzi-la amorosamente à inteireza de sua perfe
Tratado do Purgatório de Santa Catarina de Gênova: Parte 4
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O inferno e o purgatório nos revelam a admirável Sabedoria de Deus. Assim como o espírito limpo e purificado não encontra lugar a não ser em Deus para o seu repouso, por haver sido criado para esse fim, assim a alma em pecado não encontra outro lugar adequado para ela que não seja o inferno, que para este foi ordenado por Deus. Por isso, naquele mesmo instante em que o espírito se separa do corpo, a alma vai só ao lugar, que lhe foi ordenado, sem que ninguém a guie, exceto aquela alma que conserve a natureza do pecado porque saiu do corpo em estado mortal. Mas se a alma condenada não encontrasse no momento da morte aquela ordenação procedente da justiça de Deus, cairia em um inferno muito pior que aquele em que caiu, porque estaria fora daquela ordenação divina, a qual participa da divina misericórdia, que não lhe dá tanta pena quanto merece. Por isso, não encontrando a alma lugar mais conveniente para ela, nem em outro que se encontra com menos dano que aquele que por ordenação
Tratado do Purgatório de Santa Catarina de Gênova: Parte 3
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Deus mostra sua bondade até com os próprios condenados. A pena dos condenados não é, contudo, infinita em quantidade, porque a doce bondade de Deus resplandece com o raio de sua misericórdia ainda até no inferno. O homem morto em pecado mortal merece uma pena infinita em um tempo infinito; mas a misericórdia de Deus fez só o tempo infinito e a pena finita em quantidade: posto que justamente poderia dar-lhes pena muito maior do que a que é dada. Oh, que perigo é o pecado quando se comete com malícia! Porque o homem não se arrepende dele senão com muita dificuldade, e não arrependendo-se, permanece na culpa; a qual persevera nela tanto quanto o homem permanece nessa vontade do pecado cometido e na de cometê-lo. Purificadas do pecado, as almas purgantes sofrem gozosamente as penas. Por outro lado, as almas do purgatório têm sua vontade totalmente conforme a vontade de Deus; e por isso Deus corresponde com a sua bondade; e assim elas estão contentes no que a vontade se refere; e
Tratado do Purgatório de Santa Catarina de Gênova: Parte 2
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Penas das almas do purgatório. A maior pena é a separação de Deus Por outro lado, sofrem aquelas almas uma pena tão extremada que não haveria língua capaz de explicá-la nem inteligência que pudesse compreender sequer uma centelha dela, se Deus por graça especial não se o mostrasse. Uma centelha disso é o que Deus por uma graça especial mostrou à minha alma; mas não posso expressá-lo com minha língua. E esta visão que me deu o Senhor do purgatório nunca mais se apagou de minha mente, e os direi dela o que puder, pois só entenderão aqueles aos quais o Senhor se digne abrir o entendimento. O fundamento de todas as penas é o pecado original e o atual. Deus criou a alma pura, simples e limpa de toda mancha do pecado; e com um certo instinto bem-aventurado fez Ele, do qual o pecado original com que a alma se encontra, a separa; e quando se apega ao pecado atual, então, se afasta mais de Deus a alma; e quanto mais se afasta, tanto mais se torna maliciosa, porque Deus lhe corresponde me
Tratado do Purgatório de Santa Catarina de Gênova: Parte 1
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Estando, todavia na carne esta santa alma se viu colocada no purgatório do fogo do amor de Deus, o qual a abrasava e purificava totalmente quando tinha que se purificar, de modo que, ao passar desta vida para a outra, pudesse apresentar-se imediatamente diante de Deus, seu doce amor. Assim, em meio desse fogo amoroso, compreendia sua alma como estavam suas almas benditas no purgatório – pregando a miséria e mancha do pecado, que nesta vida ainda não fosse purgado. E estando deste modo no purgatório do amoroso fogo divino, estava unida a seu divino amor, contente com tudo aquilo que Ele nela operava e compreendendo-a do mesmo modo como as almas que estão no purgatório. Por isso dizia: Perfeita conformidade das almas purgantes com a vontade de Deus As almas que estão no purgatório, segundo o alcance do meu entendimento, não podem ter nenhuma outra afeição que a de estar neste lugar; e isto acontece por determinação de Deus. Não podem estas almas voltarem-se para si mesmas, dize